É uma paisagem de rara beleza aquela que enquadra a aldeia de Agra, na freguesia de Rossas. Nesse recanto do concelho de Vieira do Minho, no distrito de Braga, o povoado repousa no sopé da serra da Cabreira e é banhado pelas águas do rio Ave.
Uma visita a essa aldeia implica percorrer sem pressas o seu aglomerado de casas, calcorreando as ruas calcetadas em granito e apreciando os apontamentos do edificado religioso que vai surgindo ao caminho, aqui e ali. São exemplo disso as alminhas do povoado, os seus cruzeiros e a própria Capela de S. Lourenço.
Por toda a aldeia se encontram ainda fontanários e bebedouros, que, em traça antiga e tradicional, por vezes continuam a funcionar como ponto de encontro espontâneo, gerando dois dedos de conversa. Isso realça a vivência marcadamente rural de Agra, a sua simplicidade e a postura genuína dos seus habitantes.
Já em torno do casario de aldeia, a envolvente alia ao ambiente serrano uma configuração recortada por pequenos terrenos agrícolas divididos por muros e sebes, todos eles herança de um passado mais dedicado à agricultura.
O passeio por esses campos cultivados proporciona ainda acesso a percursos pedestres como o que permite conhecer os moinhos do Ave ou a interessante ponte romana da terra.
No momento de retemperar forças, Agra tem um restaurante onde os visitantes se podem deliciar com os saborosos pratos típicos locais, em que se destaca a vitela barrosã, o cabrito e as couves com feijões. Os queijos artesanais também não podem faltar à mesa e até é possível aprender a fazê-lo na oficina da aldeia.
De alojamento local há oferta considerável– a Casa do Cruzeiro, a Casa do Delgado e a Casa da Varanda da Eira, por exemplo – e, no momento de fazer as malas e regressar, os souvenirs mais típicos são as peças artesanais feitas no local, como tecelagens e bordados. São tão especiais que há mesmo quem aprenda a elaborá-los com os artesãos da aldeia. ■