Oliveira do Conde é uma vila histórica, e antiga sede do concelho, que conserva um notável legado patrimonial, onde as casas antigas, os solares, as quintas e as tradições conseguem conviver com um progresso que ainda não desvirtuou o passado. Localizada junto ao vale do Rio Mondego, dela se avista as Serras da Estrela e do Caramulo, a freguesia é ainda bem servida de boa rede viária e a linha ferroviária da Beira Alta. Estes fatores contribuem para que a vila constitua um recanto com beleza e memória do tempo.
A sua monumentalidade é diversificada, desde o conjunto de monumentos megalíticos à arquitetura dos solares, o conjunto histórico do Largo do Pelourinho manuelino, a Igreja matriz e o túmulo de Fernão Gomes de Goes, constituem uma das maiores atratividades para uma visita turística.
Nas suas tradições, Oliveira do Conde reveste-se de significado nas cerimónias quaresmais de procissões com mais de 300 anos, como a Procissão do Senhor dos Passos, ou do Enterro do Senhor e mesmo no final a Procissão de São Miguel conferem a esta terra, um ambiente peculiar. Também as tradições populares, como o Bussaquito que se realiza em maio, ou as Marchas Populares que reúnem grupos de quase todo o concelho, enchem as ruas enfeitadas de festa.
Mais tarde, em setembro, é tempo de vindimas e o cheiro a mosto mistura-se com o cheiro das flores, as vinhas começam a adquirir tons coloridos e entra-se no outono, tempo de provar os novos néctares, sentir o fumo das lareiras e pelo Natal as mesas das famílias enchem-se dos sabores de tradição.
Oliveira do Conde possui uma espécie botânica denominada Narcissus Scaberulus que pela sua raridade estão contemplados na Rede Natura 2000. É uma espécie abundante, com milhares de exemplares que crescem, sobretudo no Vale do Mondego e próximo da foz do Rio Seia. A época de floração é aproximadamente em finais de fevereiro e até meados de março, quando as temperaturas ficam amenas, sendo um indício do começo da Primavera, proporcionando um bom passeio pelos vales.