O xisto e a ardósia dominam o casario de Paradinha, uma aldeia da freguesia de Alvarenga, em Arouca, nascida na montanha e a ela encostada. O rio Paiva e a paisagem natural de montanha criam um enquadramento especial a esta pequena aldeia que é um recanto de outro tempo para descobrir.
Durante a viagem, comece por se embrenhar na magnífica vista enquanto envereda por uma estrada antiga pontuada de curvas e contracurvas. Para começar a visita, pode subir ao miradouro “Mira Paiva”, um ponto panorâmico sobre toda a área abrangente até ao rio Paiva, na sua margem direita. A partir deste local, desfrute de uma panorâmica ampla, de onde pode observar a aldeia da Paradinha, com o seu casario de xisto e ardósia, os pequenos campos de cultivo em socalcos e a praia fluvial.
Depois desça à povoação. Além das casas tradicionais, aqui encontra muitas marcas das antigas tradições e quotidiano do local, como mós, moinhos, carros de bois, arados e outros utensílios ligados à agricultura, mas também eiras, canastros, espigueiros, fornos, adegas, lareiras e lagares de azeite que faziam parte do quotidiano de outros tempos. Já a paisagem auditiva é marcada pelo correr constante das águas do rio Paiva, música tranquila para os ouvidos de quem percorre a aldeia. O som já encantou muitas pessoas que, em agosto, têm ocorrido ao concerto “Sons da Água”, que tem lugar a praia fluvial. O rio Paiva, além de conferir colorido e frescura ao local, é também palco para a prática de diversos desportos radicais. Não perca a oportunidade de caminhar pelos trilhos e apreciar as cores da natureza na diversidade de vegetação que a aldeia abraça, tornando-a um local de rara beleza.
A tradição cultiva-se em tarefas ligadas à produção de diversos produtos típicos, como azeite, mel e velas, além da tecelagem do linho e das redes. Os trabalhos anuais combinam com as atividades tradicionais da aldeia que se desdobram pela sementeira, desfolhada, vindimas, matança do porco e pesca. Uma altura festiva para visitar Paradinha é durante a festa em honra da sua padroeira, a Senhora da Saúde, que acontece em agosto, e que, por um dia, enche a aldeia e a sua pequena capela.