ATA no maior encontro nacional de inovação social
A ATA – Associação do Turismo de Aldeia vai participar a 20 e 21 de junho na “Aldeia da Inovação Social”, que, segundo a organização, constitui atualmente “o maior encontro de inovação social em Portugal” e deverá resultar em projetos concretos, candidaturas em rede e oportunidades de financiamento público e privado.
Realizada a cada cinco anos, a iniciativa tem em 2023 a sua segunda edição e vai decorrer na aldeia da Luz, no município alentejano de Mourão, sendo promovida pela Cooperativa António Sérgio para a Economia Social e pela Associação Portuguesa para a Inovação Social, juntamente com o programa de empreendimento estatal “Portugal Inovação Social”.
Na prática, o que esses promotores pretendem com o evento – a que se associam ainda entidades como a Comunidade Intermunicipal do Alentejo Central e o Museu da Luz – é dar a conhecer organizações com atividade no setor da Economia Social, empreendedores sociais, investidores e ainda entidades públicas e cidadãos particulares cujos contributos possam ser úteis para o desenvolvimento de projetos inovadores de base social.
A expectativa é elevada considerando que, desde a estreia do evento em 2018, o programa Portugal Inovação Social teve os seguintes resultados: “Colocou à disposição do ecossistema nacional de inovação social 152 milhões de euros, aprovou 694 candidaturas, financiou 477 entidades e fez parceria com 843 co-investidores públicos e privados, tornando-se o seu principal catalisador”.
Das cooperativas ao ambiente e saúde mental
Do programa de 2023 da “Aldeia da Inovação Social” constam temas como “E se as árvores falassem?”, em que o ex-ministro do Trabalho e das Finanças António Bagão Félix vai partilhar “reflexões vegetais sobre os maiores desafios da sociedade e do planeta”, e “Saúde e Doença Mental”, em que a ex-ministra da Saúde e da Igualdade Maria de Belém Roseira irá abordar “as fronteiras desconhecidas” entre sanidade e desequilíbrio.
Outros oradores convidados são Luís Jerónimo, diretor da Fundação Calouste Gulbenkian, e José Carlos Mota, professor da Universidade de Aveiro, assim como Rui Marques, diretor do Instituto Padre António Vieira, e António Capelo, ator e diretor artístico do Teatro do Bolhão.
Procurar respostas para desafios coletivos
Cinco anos depois de lançado o evento, os organizadores da “Aldeia de Inovação Social” realçam que Portugal tem “um dos ecossistemas de inovação social mais dinâmicos do mundo, com mais redes, mais parcerias e maior diversidade, sendo um laboratório experimental de novas respostas sociais com elevado potencial de impacto na vida de milhares de pessoas e famílias”.
Inspirando novas políticas sociais e uma evolução de comportamentos, essas respostas e os respetivos resultados demonstram que o tipo de parceria visado pela iniciativa permite pensar, procurar e testar novas soluções para os “desafios coletivos” que a sociedade atual enfrenta.
Por isso mesmo, a segunda edição da “Aldeia da Inovação Social” integra o programa de atividades a desenvolver por Portugal no âmbito do consórcio europeu “ESF+ Network of Competence Centres for Social Innovation / Rede de Centros de Competência para a Inovação Social”, promovido pela Comissão Europeia.
Portugal está representado nessa iniciativa pela Agência para o Desenvolvimento e Coesão (AD&C) e pela Estrutura de Missão Portugal Inovação Social (EMPIS), sendo apoiado nos seus esforços por quatro parceiros de referência: a Fundação Calouste Gulbenkian, a Universidade Católica Portuguesa, o Banco Montepio e a Casa do Impacto da Santa Casa da Misericórdia de Lisboa. A missão dessas entidades é ainda acompanhada por um conselho consultivo composto por cerca de 40 entidades do ecossistema de inovação e investimento. ■