A Terra Quente Transmontana (TQT) é uma região de transição entre o Alto-Trás-os-Montes (a Terra Fria e o Alto Tâmega) e o Douro, marcada pelos vales dos rios Sabor e Tua que correm encaixados para o Douro, e por fossas tectónicas, de Mirandela e da Vilariça, sendo os acidentes de relevo de maior destaque as Serras de Bornes e dos Passos.

Os solos são maioritariamente xistosos com baixo teor de matéria orgânica. A agricultura praticada é dominantemente familiar e de minifúndio (castanha, hortícolas, azeitona, uva, cereja, maçã, amêndoa,…) relevando-se, no entanto, algumas explorações de expressiva dimensão empresarial, nomeadamente na área da olivicultura, fruticultura e viticultura. Distingue-se também o setor transformador essencialmente do fumeiro e outros subsetores ligados às produções silvo-agropecuárias, como queijarias e cogumelos, lagares de azeite e produção vitivinícola.

Apresenta grande diversidade ambiental e paisagística de rara beleza, com destaque para os vales do Sabor, do Tua e da Albufeira do Azibo e constitui-se num expressivo conjunto de áreas classificadas e marcas distintivas: Paisagem Protegida da Albufeira do Azibo, os Parques Regionais Naturais do Tua e do Baixo Sabor. Integra o Douro Património da Humanidade, o Douro Vinhateiro, Geoparque Terras de Cavaleiros, Reserva da Biosfera da Meseta Ibérica e as Festividades de Inverno – Caretos de Podence, sob a chancela da UNESCO tornando-se assim território de referência em qualidade ambiental e sustentabilidade social.