O vinho dos mortos
1808, segunda invasão francesa, comandada pelo General Soult. Entraram em Portugal por Chaves e, apesar da resistência do exército luso-britânico e de muitos populares organizados em grupos de guerrilha, conseguiram chegar ao Porto, deixando um rastro de destruição.
Para evitar as pilhagens, os vinhateiros enterravam as garrafas de vinho no chão das adegas, debaixo das pipas e dos lagares. Quando os combates terminaram e se dessoterraram ao haveres, surpresa! O sabor do vinho era melhor, com uma graduação entre os 10º e os 11º, palhete, gaseificado naturalmente em virtude da temperatura constante e da escuridão.
O vinho dos mortos, assim chamado por ter sido enterrado, foi tradição na zona de Boticas durante muitos anos. Ainda é o que era. Pelas mãos de Armindo Sousa Pereira, cujo saber foi herdado dos pais e avós e já o passou aos descendentes, são engarrafadas mais de 7000 garrafas, que podem ser encomendas online, através do site vinhodosmortos.com e onde pode ficar a conhecer mais sobre esta história.